Você sabia que a TV Cultura é mantida por uma Fundação?
Exibida desde 1996, a clássica série infantil Cocoricó retrata o dia a dia de Júlio e seus amigos.
Na primeira matéria da série Conheça nossas associadas, você vai descobrir a história da Fundação Padre Anchieta
Você certamente conhece os programas Roda Viva, Metrópolis, Ensaio, Viola Minha Viola, Grandes Cursos Cultura na TV, Manos e Minas, Prelúdio, Cartão Verde, Nossa Língua Portuguesa. E pode ter passado a infância assistindo Castelo Rá Tim Bum, Cocoricó, Vila Sésamo, e tantos outros. São todos programas da mais importante TV pública do Brasil, a TV Cultura.
Mas talvez você não saiba que a TV Cultura é uma emissora mantida por uma fundação, a Fundação Padre Anchieta (FPA). A TV foi ao ar pela primeira vez em 1969, no canal 2, e o programa de estreia foi Planeta Terra, com documentários sobre o mundo animal, no ar até hoje.
Já a Fundação Padre Anchieta foi criada dois anos antes, em 1967, com a finalidade de promover atividades educativas e culturais por meio da televisão, do rádio e hoje também da internet. É uma entidade de direito privado custeada parte com verbas repassadas pelo governo do Estado de São Paulo, parte com recursos próprios, advindos de projetos e publicidade.
“Esse é um dos diferenciais da nossa Fundação: somos de direito privado, mas operamos emissoras de rádio e TV públicas, destinadas ao público paulista e brasileiro. Nossa preocupação é com a formação crítica do homem, em levar cultura e formação para nossos ouvintes e telespectadores”, fala o presidente da FPA, José Roberto Maluf, reeleito em 2022 para mais um mandato de três anos.
A FPA também mantém uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura Brasil e a Cultura FM. A primeira, de músicas brasileiras, a segunda de músicas clássicas, que em 2022 completa 45 anos no ar. Também é mantenedora da Orquestra Brasil Jazz Sinfônica e do Museu da Casa Brasileira, instituição dedicada à arquitetura e ao design nacional.
Clipe da Brasil Jazz Sinfônica, orquestra mantida pela Fundação Padre Anchieta, em homenagem aos 200 anos da Independência do Brasil
Além de toda a programação que a TV Cultura oferece, com seus programas de entrevistas, opinião, jornalismo, esportes, debates, artes e a programação infantil de qualidade, 2022 é um ano de belas estreias: “Atualmente, estamos produzindo uma série sobre os 200 anos da Independência do Brasil, vamos estrear no dia 7 de setembro. É uma superprodução, conseguimos patrocinadores da iniciativa privada e pudemos trazer um grande elenco, com atores como Antônio Fagundes, Maria Fernanda Cândido e Daniel de Oliveira”, conta Maluf.
Também estreou em junho o Esta Manhã, um jornal diário multiplataforma, exibido das 7h às 7h30 na TV, na rádio e nas redes digitais. “Nós só tínhamos jornais na hora do almoço e à noite. Agora teremos este, um informativo rápido e eficiente. Com notícias locais, nacionais e internacionais, para sair de casa bem informado”, conta o presidente da FPA.
Sobre a Associação Paulista de Fundações, da qual a FPA é associada desde 2016, o presidente Maluf afirma: “Eu acho importante ter uma entidade zelando e cuidando de todas as Fundações. Os assuntos de interesse geral são defendidos com muita preocupação pela APF e com bons resultados. Nós unidos somos mais fortes”.
O presidente da FPA, José Roberto Maluf, reeleito em 2022 para mais um mandato de três anos
Veja alguns fatos importantes da história da Fundação Padre Anchieta:
1969. A TV Cultura, como emissora pública, vai ao ar pela primeira vez.
1974. A Fundação Padre Anchieta é declarada de utilidade pública pelo Decreto Estadual nº 10.843.
1975. O jornalista Vladimir Herzog, que dirigia o departamento de jornalismo, foi preso, torturado e morto nas dependências do DOI-Codi.
1982. O governador José Maria Marin promoveu intervenção na TV Cultura, na tentativa de o Executivo estadual exercer controle direto sobre a entidade. O Conselho reagiu, entrou na Justiça e derrotou a intervenção.
1986. No dia 28 de fevereiro, um incêndio destruiu 90% dos equipamentos da emissora. Mesmo com problemas nas instalações, estrearam naquele ano os programas Roda Viva e Jornal da Cultura.
O Roda Viva é um dos mais tradicionais e relevantes programas de entrevista da TV brasileira
1991. A Rádio Cultura FM realizou, com sucesso, a primeira transmissão experimental em sistema digital.
1998. A emissora participou de 12 festivais nacionais e internacionais e recebeu seis prêmios no Brasil, Japão, EUA e Canadá. O último foi o Emmy, no dia 23 de novembro, em Nova York.
2000. As rádios Cultura AM e FM passaram a transmitir via satélite e a colocar a programação na internet.
2004. Vai ao ar a TV Rá Tim Bum!, o primeiro canal infantil brasileiro da TV por assinatura. Com produção inteiramente nacional, sua programação mescla educação, cultura, informação e entretenimento.
2008. A FPA lança a Cultura Data, unidade de pesquisas de comunicação, mercado e opinião pública. No mesmo ano estreia Manos e Minas, programa dedicado ao rap, hip hop, danças de ruas e outras manifestações das periferias.
2012. É criada a gerência de integração de mídias, com a missão de integrar as informações digitais da FPA.
2014. Uma pesquisa encomendada pela britânica BBC, realizada pelo instituto Populus, aponta que o canal público da Fundação Padre Anchieta é o segundo de maior qualidade do mundo, atrás apenas da BBC.
2019. A Rede Cultura registra um salto significativo de alcance: em 2013, abrangia 846 municípios brasileiros; em 2019, sua presença se faz sentir em mais de 2.220 municípios.
2022. Em 1 de janeiro de 2022, a Fundação Padre Anchieta passa a administrar o Museu da Casa Brasileira, instituição dedicada à arquitetura e ao design nacional.
Museu da Casa Brasileira, administrado pela Fundação Padre Anchieta
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