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Equipe de Fonoaudiologia é convidada a capacitar especialistas sobre disfagia em hospital referência em Madri
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- Criado em 03/03/2017
"Em alguns países da Europa, a fonoaudiologia é apenas um curso técnico. Na Espanha, os cursos de fonoaudiologia nasceram e estão, em sua maior parte, vinculados a faculdades de psicologia das universidades de todo o país, fazendo com que o conhecimento da área hospitalar esteja muito atrasado", conta Dra. Elisabete.
Ministrado no Hospital Infanta Leonor, referência em Madri, o curso foi dividido em três módulos. O primeiro, de avaliação e diagnóstico, acabou de ser apresentado em dois fins de semana (27, 28 e 29 de janeiro e de 3 a 5 de fevereiro) pela Dra. Simone Claudino, especialista em Disfagia e Motricidade Oral. Nas sextas e sábados, aulas teóricas. No domingo, aulas práticas com a Dra. Simone passeando pelo hospital e atendendo pacientes ao lado de pequenos grupos de alunos, enquanto o restante acompanhou tudo por vídeo.
A disfagia é a dificuldade de engolir depois de cirurgias em que o paciente tem de se alimentar por sonda, ou devido a problemas neurológicos. A intervenção da fonoaudiologia reforça a musculatura da boca, da laringe, da faringe, com exercícios e técnicas que ensinam a voltar a comer e mastigar em pouco tempo.
É uma questão de saúde (sem exercícios, há o risco de o alimento ir parar no pulmão), de nutrição (ele pode comer de verdade) e de prazer, de saborear as refeições, de qualidade de vida. Com as técnicas da fono, a sonda pode ser retirada em uma semana. Em Madri, há casos de pacientes que não fazem essa reabilitação e estão com a sonda há um ano.
O segundo módulo, que vai abordar a Reabilitação, será em abril e maio, e quem vai dar as aulas será a própria Dra. Elisabete; o último módulo, ainda sem data, vai abordar patologias específicas.
Além de feliz pelo convite - feito pela fonoaudióloga brasileira Aline Braga, que organiza cursos do gênero com grandes especialistas em Portugal e na Espanha - a Dra. Elisabete ainda se diz muito orgulhosa do trabalho em reabilitação oral do A.C.Camargo. "Abriram na Instituição uma porta para a nossa área há 20 anos - quando cheguei aqui, a fonoaudiologia estava no Brasil no estágio em que os espanhóis estão hoje. E nós hoje avançamos tanto", diz ela.
Fonte: A.C.Camargo