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Mito ou verdade: síndrome de ovários policísticos pode aumentar o risco de câncer?

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Nossos especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre a saúde da mulher e tumores ginecológicos

Durante março, o Mês da Mulher, publicamos diversos conteúdos informativos para prevenção do câncer ginecológico. Falamos sobre os tipos e sintomas dos principais tipos de tumores, lançamos uma série de vídeos informativos nas nossas redes sociais e convidamos a equipe de Ginecologia Oncológica para esclarecer alguns mitos e verdades. Confira!

É necessária reposição hormonal após o câncer ginecológico?

Dra. Joyce Maria Lisboa
Verdade. A terapia de reposição hormonal em mulheres com diagnóstico de câncer ginecológico é possível. Porém, alguns fatores podem influenciar na indicação, como risco de recorrência do tumor, história de câncer de mama, tabagismo. Assim, deve ser sempre discutido com o médico responsável pelo tratamento oncológico.

Reposição hormonal pode ser fator de risco para o câncer ginecológico?

Dr. João Paulo Lima
Verdade. A reposição isolada de estrógeno aumenta o risco de câncer de ovário e endométrio (parte do útero). Já a reposição combinada de estrógeno e progesterona é mais segura: não aumenta o risco de câncer de endométrio e pode causar discreto aumento do risco de câncer de ovário.

Endometriose pode ter relação com câncer de ovário?

Dr. Alexandre da Costa Balieiro
Verdade. A endometriose é uma doença frequente, presente em aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva. O risco do desenvolvimento de um câncer ginecológico a partir de um foco de endometriose é bastante baixo. Enquanto a endometriose parece estar associada com câncer de ovário aumentando o risco do seu aparecimento em aproximadamente 1,9 vezes, mas não parece estar associada com câncer de endométrio (corpo do útero) e com o câncer de colo de útero.

DIU pode causa câncer de colo de útero?

Dra. Solange Sanches
Mito! Há inclusive um estudo publicado em uma importante revista médica inferindo uma incidência menor de câncer de colo uterino nas mulheres que usam DIU. Importante salientar que o DIU não protege da infecção pelo HPV.

A síndrome de ovários policísticos aumenta o risco para câncer ginecológico?

Dr. Fabrício de Sousa Castro
Verdade. A síndrome de vários policísticos pode aumentar em até três vezes o risco de câncer do corpo uterino, mas não há uma relação clara de aumento do risco para câncer de ovário, colo de útero ou mama.

Laqueadura pode diminuir o risco de câncer?

Dra. Adriana Ribeiro
Verdade! Existe associação entre laqueadura tubária e diminuição do risco de câncer de ovário. Historicamente, o ovário era considerado como o principal local de origem dos tumores ovarianos, mas dados sugerem que muitos carcinomas serosos de alto grau de ovário podem ter uma lesão precursora nas tubas uterinas. Assim, existe esta relação entre laqueadura tubária e diminuição do risco de câncer de ovário.

Sangramento vaginal na pós-menopausa pode ser câncer?

Dra. Elizabeth Santana
Verdade! O sangramento vaginal é um sintoma que deve ser sempre investigado em qualquer mulher na pós-menopausa. Ele pode ser o primeiro sinal de uma neoplasia do trato ginecológico (endométrio, colo de útero, vagina ou vulva) e a investigação imediata pode permitir o diagnóstico precoce destas neoplasias, aumentando assim a chance de cura.

Mioma pode se transformar em câncer?

Dra. Andréa Paiva Gadêlha Guimarães
Mito! O mioma é um tumor benigno do útero. Porém, a paciente que apresente um mioma de crescimento rápido e sangramento persistente, deve ser avaliada pelo médico para diagnóstico diferencial de condições malignas do útero.

Confira outros mitos e verdades sobre os tumores ginecológicos

Fonte: A.C. Camargo