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Fundação Julita atinge a marca de mais de 200 jovens monitores

not 08 05 2019 2

Beatriz Soares é ex-educanda do curso “Jovens Monitores em Esporte”, concluiu a graduação em Educação Física e hoje trabalha em uma consultoria esportiva, oferecendo oportunidade de empregos temporários e renda aos futuros “educadores físicos” do projeto.

Ela tem planos de fazer iniciação científica na área, retornando o benefício que recebeu para a comunidade.

Além de Beatriz, ao todo, já foram beneficiados 203 jovens pelo curso de monitoria em esporte, da Fundação Julita. Iniciado em 2012, o mais conhecido como “Jovens Monitores” é um projeto de referência, pois nasceu de uma oportunidade em meio à necessidade: o crescimento de jovens interessados em atividades esportivas e que poderiam despertar para essa profissão, trazendo mais renda para suas famílias além da definição de um projeto de vida. A cada ano, o projeto beneficia aproximadamente 30 jovens em vulnerabilidade social.

A formação tem como objetivo desenvolver conhecimentos e habilidades para que os participantes atuem como monitores nas atividades esportivas da Fundação e, ao mesmo tempo, oferece suporte para a construção de um projeto de vida que considere o ingresso na universidade, em Educação Física ou áreas correlacionadas, tornando-os multiplicadores de boas práticas e dos valores da organização.

Apoio da Fundação Prada

Desde o início, o projeto contou com o apoio de um parceiro que acreditou e investiu no potencial do “Jovens Monitores”: a Fundação Prada. Desde então, vem crescendo e dando muitos frutos. Já soma mais de 40 jovens formados ou cursando graduação, a maioria em Educação Física, mas também há jovens cursando ou que cursaram pedagogia, fisioterapia e até administração, o que reforça a contribuição do curso para a definição profissional.

É o caso de Gleice Santos das Neves, que está terminando a faculdade de fisioterapia. “Quando estava cursando o ‘Jovens Monitores’, a gente montava atividades para crianças a idosos e um dia teve uma brincadeira em que uma criança com cadeiras de rodas não conseguiu participar, daí pensei que poderia haver um jeito de incluí-la e assim descobri a fisioterapia, que junta o cuidar, o esporte e a reabilitação. Hoje uso brincadeiras que aprendi no ‘Jovens Monitores’ para a reabilitação de crianças no meu estágio”.

Mais de 2 mil ações e eventos realizados em 2018

Além da perspectiva que traz aos jovens, o projeto contribui para qualificar as atividades do Centro de Educação pelo Esporte da Fundação, pois os educandos planejam e realizam várias ações de esporte e lazer em prol da comunidade. Em 2018, foram 2.210 atendidos e 11 eventos esportivos, recreativos e de lazer realizados.

A metodologia do projeto já foi apresentada durante o Congresso Mundial de Lazer, que aconteceu no Sesc-SP, e os jovens educandos também participam do Programa de Desenvolvimento Humano pelo Esporte da Universidade São Paulo (CEPEUSP), com formações e apoio à mentoria de crianças e adolescentes de organizações sociais de diversos pontos da cidade de São Paulo.

Referência positiva

Hoje, as famílias enxergam no projeto uma possibilidade futura, de fato. Além disso, os educandos da Fundação (crianças e adolescentes) olham para esses jovens como inspiração. “Eles dizem: não vejo a hora de chegar no ‘Jovens Monitores’”, relata Carlos Costa, consultor do Centro de Educação pelo Esporte da Fundação. Um caminho pode ser o “Comunidade em Movimento”, desdobramento do projeto, que conta com parcerias para bolsas universitárias e ajuda de custo, do Senac e da Fundación Mapfre, respectivamente:

“Quando cheguei ao ‘Jovens Monitores’, em 2015, estava meio perdido, não sabia o que queria seguir como profissão e daí tive a certeza que queria ser educador. Esse curso foi um norteador da minha vida. Agora (em 2019) consegui passar para o ‘Comunidade em Movimento’, que foi motivo de orgulho para minha família, pois serei o segundo da família a cursar ensino superior”, conta Guilherme Melo dos Santos Barreto, de 18 anos, que participa de cursos na Fundação desde a primeira infância.

Fonte: Fundação Julita