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Brasil tem sete vacinas infantis com cobertura abaixo da meta

not 06 06 2019

Professor da FCM/Santa Casa é entrevistado pela Folha de S. Paulo

Apesar de avanços, o alerta no último ano sobre a queda nas coberturas vacinais de crianças no país ainda não foi suficiente para alavancar os índices de imunização, que continuam abaixo da meta considerada ideal pelo Ministério da Saúde para manter a proteção contra doenças.

Dados obtidos pela Folha apontam que, das oito principais vacinas indicadas a bebês, apenas uma atingiu em 2018 a meta recomendada –caso da BCG, que previne tuberculose e costuma ser aplicada em maternidades, e mesmo assim apresentou queda em relação ao ano anterior.

As demais tiveram coberturas entre 80% e 91,5% –abaixo, portanto, da meta de 95%. A meta da BCG é de 90%.

Para comparação, antes da queda na vacinação nos últimos três anos, os índices ficavam sempre acima da meta.

A boa notícia é que, em 2018, algumas vacinas tiveram estabilidade ou já apresentam sinais de melhora. Ainda assim, estão abaixo do ideal.

O balanço foi feito pelo Programa Nacional de Imunizações, principal estratégia de prevenção na saúde do país.

Os dados preliminares mostram que, em 2018, três vacinas –que protegem contra hepatite A, meningite e a própria BCG– registraram leve queda, sendo que a menor cobertura foi da hepatite A, com apenas 80,9% das crianças de um ano imunizadas.

Outras duas vacinas apresentam índices semelhantes a 2017 e três tiveram leve recuperação, embora também estejam ainda abaixo da meta –caso, por exemplo, das vacinas contra pólio e rotavírus e da que protege contra difteria, tétano e coqueluche.

“O trabalho da mulher é cada vez mais intenso fora de casa. E os postos abrem no horário comercial. No momento de crise que vivemos hoje, talvez ela não queira justificar que vai faltar porque está levando o filho para ser vacinado. É um dos pontos que vamos discutir”, diz José Cássio de Moraes, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, que acompanha os estudos.

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Fonte: Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho