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Presidente da AGRISUS entrega prêmio Norman Borlaug em congresso DA ABAG

not 29 08 2019 1

O prêmio recebeu o nome do engenheiro agrônomo Norma Borlaug por ele ser o primeiro ganhador, em 1970, do Prêmio Nobel da Paz por trabalhos na agricultura. Nascido nos Estados Unidos, dedicou-se ao desenvolvimento de espécies de trigo resistentes a pragas e triplicou a produção mundial de grãos, ajudando a salvar da inanição milhões de vidas, sendo considerado o "pai da revolução verde". Foi defensor da utilização de novas tecnologias, o que permitiu a produção de mais quilos por hectare.

Para Marcos Guimarães de Andrade Landell, esse reconhecimento mostra que os trabalhos do Programa Cana IAC, criado em 1989, estão sendo conhecidos além das fronteiras da cana. O Programa Cana IAC tem mais de 600 ensaios ativos na atualidade apenas na sua rede de experimentação para seleção e caracterização de novas variedades. Isso requer uma ação contínua e dinâmica da equipe de pesquisadores e técnicos, que chegam a cumprir distâncias anuais superiores a 500 mil quilômetros no Brasil. Esse dado mostra o empenho da equipe em transferir aos usuários os pacotes de tecnologias desenvolvidas pelo IAC. Landell faz uma média de 60 palestras e treinamentos por ano.

“Quando criamos o Programa Cana IAC, pensamos em um modelo que integraria as múltiplas áreas de conhecimento dos pesquisadores do IAC. Então diversos projetos foram criados, mantendo uma interface entre as muitas áreas integradas e enriquecendo a abordagem da investigação dos pontos prospectados junto ao setor de produção”, explica Landell.

Dentre as áreas de atuação do Programa Cana IAC estão os estudos de ambientes de produção, a seleção de variedades com perfis regionais e para uso forrageiro, o desenvolvimento do Sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB), a realização do maior censo varietal de cana-de-açúcar no Brasil, dentre outros. “Conseguimos, assim, nos tornar referência em tecnologia na canavicultura no Brasil e em outros países”, analisa.

"O entusiasmo levou a oportunidades que, mediante projetos, se tornaram realidade no setor sucroenergético", afirma o pesquisador.“Sem dúvida, essa é uma das principais honrarias que um pesquisador científico de um instituto de pesquisa da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo poderia receber, pois é um reconhecimento nacional da nossa atuação nesses 37 anos, conferido pela Associação que representa todo o agronegócio brasileiro e não apenas o segmento da cana-de-açúcar”, avalia.

Fonte: Fundação Agrisus