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FUNDAÇÃO DORINA - Conheça a Dorinateca: a biblioteca virtual da Fundação Dorina

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Com mais de cinco mil usuários, a plataforma fornece livros acessíveis para pessoas com deficiência visual

Você sabia que 57% das pessoas cegas ou com baixa visão têm interesse pela leitura? E que 79% delas utilizam algum tipo de recurso tecnológico para acessar os livros? É o que revela a pesquisa Cenários da Leitura Acessível, realizada pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, em parceria com o Datafolha.

Em sua segunda edição, o estudo vem ao encontro da causa tanto defendida pela instituição há 74 anos, que é a promoção do acesso à leitura e informação para todos. Essa foi a grande razão pela qual nasceu a Dorinateca, uma plataforma online que já está no ar há cinco anos, diminuindo as barreiras entre os leitores com deficiência visual e as obras literárias.

Como surgiu

A Dorinateca foi lançada em 2015, a partir do projeto “Biblioteca sem Fronteira”, viabilizado pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), com a proposta de ser uma extensão da Biblioteca Circulante do Livro Falado, o primeiro grande projeto da Fundação Dorina para a promoção da leitura acessível, a partir dos empréstimos físicos de audiolivros para pessoas com deficiência visual residentes no Brasil.

A biblioteca online, por sua vez, veio para incluir outros formatos disponíveis para leitura e download, como o digital acessível DAISY, o braille para impressão e a fonte ampliada, além dos livros falados em MP3. E, também, ampliar o acesso a este acervo para todo o Brasil de forma rápida, via internet, incluindo organizações em território nacional que promovam o livro e a leitura inclusiva.

“A Dorinateca favorece a conexão entre o livro e o leitor com deficiência visual, que por sua vez é um sujeito de direitos, porém, entre o direito e o acesso ainda existem muitas barreiras. E a nossa missão enquanto instituição que nasceu do livro acessível é, então, facilitar esse acesso”, afirma Kely Magalhães, gerente de Serviços de Apoio à Inclusão da Fundação Dorina.

Como funciona

Antes de tudo, é importante esclarecer que o acesso aos livros acessíveis para pessoas com deficiência visual tem amparo na Lei de Direitos Autorais Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que indica que “não constitui ofensa aos direitos autorais a reprodução de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários”.

Atualmente, o acervo da Dorinateca é composto por obras literárias, dicionários da língua portuguesa e edições da Revista Falada, uma publicação da Fundação Dorina. Novos títulos podem ser sugeridos pelos usuários da plataforma e a seleção fica por conta da equipe editorial da instituição.

Em 2019, o acervo já contava com 5.045 títulos e 5.364 usuários cadastrados, que podem fazer até três downloads de livros por mês gratuitamente, somando o total de 6.133 downloads no último ano.

Como se cadastrar

A Dorinateca atende dois públicos: pessoas físicas com deficiência visual e pessoas jurídicas que promovam ações de leitura inclusiva. Para que elas tenham acesso a todo o serviço gratuito da plataforma, é necessário que se cadastrem pelo site www.dorinateca.org.br.

Em razão dos livros acessíveis serem de uso exclusivo para estes públicos, todas as inscrições são avaliadas e validadas pela equipe. Com a aprovação, o leitor ou a organização recebe a permissão de acesso das obras disponíveis para download.

No caso das pessoas jurídicas, especificamente, elas terão suas inscrições aprovadas mediante indicação do responsável pelo cadastramento, que se compromete com a disponibilização do acervo somente para pessoas com deficiência visual. Já para aquelas pessoas que não possuem deficiência, o acesso é limitado somente para as obras de Domínio Público.

Gostou de conhecer um pouco mais sobre a nossa Dorinateca? Então aproveite a plataforma e fortaleça nossa luta pela promoção da leitura acessível para todos.

Fonte: Fundação Dorina