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FUNDAÇÃO JULITA - "Memórias felizes é o que não falta aqui dentro desse espaço"

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Conheci a Fundação Julita através da minha mãe. Ela me inscreveu aqui ainda quando era bem novinho. Ela já tinha sido aluna aqui, fez alguns cursos. E, por morarmos próximo, ela colocou a gente pra estudar aqui.

Minha trajetória na Fundação Julita é bem extensa. Ao longo dos meus 21 anos de idade, pelo menos 20 eu estive aqui dentro na Fundação. Eu entrei no CEI (creche pública administrada pela Julita), ainda sem ter completado 1 ano de idade. Sai por um período, que fui pra EMEI (pré-escola), e, na sequência, voltei para o CCA (Centro para a Criança e Adolescente).

Passei todo o resto da minha infância e início da minha adolescência aqui dentro. Quando eu completei 15 anos, fui pro Jovens Monitores em Esporte (curso de monitoria esportiva da Julita), porque era um curso que eu me identificava bastante e me via atuando nesse espaço. E aí que eu me descobri mais ainda. Tive a possibilidade de entrar no Comunidade em Movimento (curso de extensão ao Jovens Monitores) pra conseguir fazer a faculdade.

Hoje já estou me formando na faculdade e sou educador na Julita. Depois de ter entrado para o curso Comunidade em Movimento, ser contratado como educador do Centro de Educação em Esporte foi algo muito importante!

Assim se deu minha trajetória na Fundação, com vários outros cursos que eu fui fazendo ao longo de um período, de várias áreas que me interessava, como Comunicação, a área mais efetiva do esporte, fotografia e afins.

Não consigo nem lembrar quem era o Guilherme antes da Fundação Julita, porque são muitos anos aqui dentro. As primeiras lembranças da infância são aqui dentro. As fotos de álbum de família têm várias que são aqui dentro da Fundação. Então é muito difícil falar quem é o Guilherme antes da Fundação. Eu posso falar desse período que eu estive fora da Julita dentro da EMEI, que o muro é colado com o muro da Julita. Mas foi um período que eu estava bem próximo daqui, porque aos fins de semana era aberto e eu estava aqui, com os meus irmãos, com a minha família.

Na Julita, eu fui evoluindo muito ao longo dos anos, em vários ramos, em vários quesitos, desde a aparência, até a maturidade, até os objetivos, os sonhos. Então aqui dentro eu consegui me tornar a pessoa que de fato queria ser. Estou me tornando ainda, melhor, em tudo aquilo que almejo, em tudo aquilo que espero.

Agora como educador, entendendo várias questões. Entendo todos os pontos positivos e os negativos também, as contradições. As minhas contradições para conseguir cada vez evoluir mais e conseguir estar nesse espaço e conseguir me entregar de uma forma que seja ótima, de uma forma que seja viável, e que seja muito bom para mim e para os educandos, conseguir entregar o melhor possível do meu trabalho.

Memórias felizes é o que não falta aqui dentro desse espaço. Para mim todo o cortejo do Maracatu era um momento especial. Quando a gente foi tocar em Paraisópolis, eu era bem novinho; quando a gente foi tocar na quadra da Gaviões... foram momentos muito especiais, muito felizes.

Cada momento de férias na Julita aqui dentro, cada colônia de férias, cada grito de guerra. Cada festa de finalização, cada presente que a gente adorava quando era criança. Cada casa na árvore que a gente fez. Todos foram momentos muito especiais e lembranças muito positivas que eu tenho aqui dentro, de muito afeto.

Quando eu recebi a resposta também do Comunidade em Movimento, depois do processo seletivo, foi algo de muita felicidade. E aí quando recebi a proposta pra ser um educador também foi um momento muito feliz pra mim, que eu não consigo nem explicar o tamanho dessa felicidade, é inenarrável isso.

E agora, a cada aula, cada plano de ação que eu preparo, cada vez que eu estou na quadra com as crianças, que eu estou pelos espaços com os educandos, dentro da sala, fazendo leitura de livros, fazendo dança... são momentos de extrema felicidade.

Seria impossível falar um momento (de felicidade apenas), então é preciso dizer trajetória, a minha trajetória aqui dentro desse espaço foi e é muito feliz.

É difícil pensar uma frase que represente a Julita, mas se fosse pra falar uma frase eu citaria a música do Emicida: “É tudo pra ontem” e exatamente no trecho que ela diz: “Viver é partir, voltar e repartir”.

Porque a Fundação é exatamente isso! A Julita me deu as experiências, me deu a bagagem necessária para eu partir, mas também pra eu conseguir voltar e estar nesse espaço e repartir tudo aquilo que eu aprendi.

Gui melo

Fonte: Fundação Julita