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Aluna de doutorado do A.C.Camargo é premiada com estudo sobre células natural killer

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Foto: Célula Natural Killer (NK) combatendo uma célula do câncer de mama: violeta - célula tumoral / vermelha - célula NK. Foto capturada em um dos experimentos na empresa Fluidigm

Em parceria inédita com a Universidade de Stanford, projeto investiga o papel dessas células na ação antitumoral

Um projeto que estuda as células de defesa do nosso organismo, chamadas de células Natural Killer, é a primeira colaboração entre o A.C.Camargo Cancer Center e a Universidade de Stanford. O trabalho liderado pela aluna de doutorado Bianca Troncarelli Flores foi apresentado no 26º International Molecular Medicine Tri-Conference em março, em San Francisco, e ganhou a votação de melhor pôster do congresso.

As células Natural Killer fazem parte do sistema imune e pertencem à família dos linfócitos, conhecidas também como Linfócitos Citotóxicos, devido a sua forma "citotóxica" de agir em resposta a um agente invasor. “Elas reconhecem a célula estranha ao organismo e secretam substâncias que eliminam de maneira rápida e eficaz agentes invasores, incluindo as células tumorais”, diz Bianca, aluna do grupo da Dra. Ludmilla Chinen, que investiga Células Tumorais Circulantes (CTCs).

A doutoranda está atualmente no laboratório da Dra. Stefanie Jeffrey, no departamento de Cirurgia de Stanford, estudando o papel das células Natural Killer (NKs) na atividade antitumoral e como potencial alvo terapêutico, utilizando como ferramenta de estudo a biópsia líquida. O principal objetivo do projeto é entender o papel das NKs na ação antitumoral em pacientes com câncer de mama, possibilitando novas formas de abordagem terapêutica.

As pesquisadoras estão investigando o papel das células NK na ação antitumoral e a possibilidade de ser utilizada no tratamento do câncer (imunoterapia) devido ao descobrimento de novas formas de ativação deste tipo de célula “Identificamos também uma proteína que a célula NK expressa contra o tumor quando ativada, porém somente nos casos de prognóstico ruim. O próximo passo compreende entender melhor esta molécula, e como podemos utilizar a descoberta para estimular a atividade das células NK dos pacientes e assim aumentar o combate às células tumorais”, ela explica.

O projeto está em andamento desde outubro de 2018, quando a aluna foi contemplada com uma bolsa de estudos da agência de fomento CAPES para desenvolver parte de seu trabalho em uma instituição de ensino no exterior, e seguirá até o final do ano. “Vale destacar a importância de cada paciente que participa dos protocolos de pesquisa desenvolvidos na Instituição, que poderá ajudar muitas outras pessoas no futuro”, comemora Bianca.

Fonte: A.C.Camargo