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FUNDAÇÃO ABRINQ reúne organizações da sociedade civil em encontro na cidade de São Paulo – SP

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Na última terça-feira (20), foi realizado o 22º Encontro Anual da Rede Nossas Crianças, evento organizado pela Fundação Abrinq que reúne representantes das organizações da sociedade civil participantes da Rede Nossas Crianças com o objetivo de promover a troca de conhecimentos e experiências. Após duas edições virtuais, o encontro voltou a acontecer em formato presencial na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), situada na cidade de São Paulo – SP.

O evento durou o dia inteiro e contou com a presença de mais de 200 pessoas representando organizações das mais diversas partes do País. “Nós temos essa parceria com a Fundação Abrinq, que para nós é um divisor de águas, porque quem ganha é sempre a criança”, comenta Maria de Lourdes, assistente social da Liga Solidária, organização que atua em diversos espaços na cidade de São Paulo com atividades lúdicas para o fortalecimento de vínculos e convivência durante o contraturno escolar.

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Enquanto esperavam as atividades do dia iniciarem, todos os participantes puderam se reunir do lado de fora do auditório, onde ocorreriam as palestras da parte da manhã, para se integrarem e compartilharem suas motivações. Vânia Gnaspini é coordenadora no Instituto André Franco Vive, que oferece atividades lúdicas como reforço escolar para crianças e adolescentes, e conta: “É o primeiro ano que estamos participando da Rede Nossas Crianças da Fundação Abrinq. Viemos pelo convite e pelo interesse em conhecer e saber sobre as palestras e oficinas, assim como para estar mais perto das outras organizações”.

Para muitos, um dos maiores atrativos do encontro foi justamente a oportunidade de compartilhar conhecimentos e experiências sobre a temática da infância e adolescência. “Um evento desses vem sempre para agregar valores profissionais a nós. Precisamos de inovação, então estar em um lugar em que todos estão na mesma situação, no mesmo trabalho, faz com que a troca de ideias seja interessante”, explica Cláudio da Silva, instrutor de informática do Reino da Garotada de Poá, que oferece cursos profissionalizantes a jovens há 78 anos.

Rodrigo Garcia, orientador pedagógico da Liga Solidária, também compartilha dessa linha de raciocínio: “É importante a gente estar em locais onde se conversa sobre as temáticas com as quais a gente trabalha para que as nossas práticas e ações socioeducativas sejam cada vez mais fortalecidas”.

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O período da manhã contou com a participação de três especialistas que palestraram sobre saúde mental, profissionalização e educação social:

Em um primeiro momento, Andrés Eduardo Aguirre Antúnez, que é psicólogo, falou sobre a importância dos profissionais nas organizações sociais para atuarem com problemas relacionados à saúde mental de crianças e adolescentes. Segundo o palestrante, o que vale mais é a qualidade do diálogo travado com os jovens que precisam ser ouvidos sobre seus problemas, e não a quantidade de sessões de conversa.

Depois, Agâta Dourado apresentou dados sobre a situação da empregabilidade de adolescentes nos anos anteriores à pandemia e mostrou também os problemas enfrentados em decorrência da calamidade pública. A palestrante é coordenadora de práticas pedagógicas no Núcleo de Aprendizagem Profissional e Assistência Social (NURAP).

Por último, Maria Glória Teixeira explicou as diferentes formas de educação às quais as crianças e os adolescentes estão expostos, ressaltando que, atualmente, este público não é o único que sofre com problemas nesta área, mas que os próprios professores também estão tendo que lidar com dificuldades. Para enfrentar o problema, a palestrante ressalta a necessidade de fortalecer os processos de acolhimento e escuta dos envolvidos.

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A tarde foi reservada para a realização de seis oficinas sobre diversos temas escolhidos pelas próprias organizações conveniadas e pertinentes às suas respectivas realidades. “Vi que vai ter uma que fala da família, outra sobre a saúde mental de crianças e adolescentes e também uma que fala sobre como inserí-las no meio social. São temas muito relevantes para o nosso trabalho, então acredito que todas elas vão agregar de alguma forma”, comenta Juliana Cardoso, educadora da Fundação Julita, que há 70 anos atua no Jardim São Luís, bairro da cidade de São Paulo – SP, oferecendo atividades de convivência e socialização no contraturno escolar.

“Participei da oficina 6 sobre a participação da família e como fazer essa parceria. Gostei desse tema porque está muito dentro da minha atuação direta e pude buscar novos horizontes, novos conhecimentos para agregar na ação com as famílias”, relata Laerte Araújo, assistente técnico da Gotas de Flor com Amor, instituição que proporciona projetos socioeducativos em Campo Belo, na cidade de São Paulo – SP.

Já Lucas Araújo, orientador da mesma organização, participou da oficina 4: A importância do Brincar e suas práticas nos projetos pedagógicos das organizações. “Justamente para conhecer, trabalhar mais e entender o lúdico e como é a relação da criança com o brincar. Foi muito bom ter participado, gostei bastante da experiência”, explica.

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Além das quatro oficinas citadas, também foram realizadas outras duas com os temas: Comunicar para captar – O que você precisa saber para começar e Por que a formação de uma rede de proteção é a melhor forma de proteger crianças e adolescentes?

“Queria que desse para assistir todas as oficinas, mas mesmo assim estou tendo muito conhecimento. O que eu aprender aqui vou com certeza implantar na instituição onde eu trabalho”, afirma Mécia Quirino, educadora social da Instituição Casa Beija-Flor, organização que proporciona convivência e fortalecimento de vínculos em Caraguatatuba – SP. “Foi muito gratificante para mim ter a oportunidade que a Fundação Abrinq deu de termos todo este conhecimento que estamos adquirindo hoje”, completa.

“Já temos planos para o futuro. Vamos primeiro levar o conteúdo de hoje para os que não estiveram presentes e fazer uma sensibilização com a equipe para fazermos, em conjunto, atividades cooperativas com as crianças e também desenvolvermos outras”, finaliza Roberto Jr., técnico de referência da Obra Social São Francisco Xavier, que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade social em Diadema – SP.

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Rede Nossas Crianças

A cada dois anos, a Fundação Abrinq abre um processo seletivo para que organizações da sociedade civil que atendem diretamente crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade possam participar do Programa Nossas Crianças e, assim, receber apoio técnico e financeiro. Após o convênio, as instituições passam a integrar, automaticamente, a Rede Nossas Crianças, ondem continuam recebendo apoios pontuais e se reúnem mensalmente para trocar experiências e debater assuntos pertinentes à infância e adolescência.

Fonte: FUNDAÇÃO ABRINQ