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FUNDAÇÃO ABRINQ - Poliomielite: cobertura vacinal e estratégias de combate à doença
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- Criado em 25/03/2024
Foto: pikisuperstar/Freepik
A vacinação infantil é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar das crianças, prevenindo uma série de doenças, o que a torna uma aliada fundamental para o desenvolvimento pleno e saudável delas. No entanto, as taxas de vacinação nem sempre atingem os níveis desejados, representando um desafio para as autoridades de saúde pública e um grande risco para a população.
A boa notícia é que o Brasil conseguiu reverter a tendência de queda da taxa de vacinação em relação a diversas doenças, como a hepatite A e a poliomielite. De acordo com dados preliminares do Ministério da Saúde apresentados no final do ano anterior, em um comparativo entre 2022 e 2023, a cobertura vacinal do primeiro imunizante foi de 73% para 79,5%, enquanto a vacinação contra a pólio registrou um aumento de 67,1% para 74,6%. Os índices vacinais apresentavam queda no país desde 2016. As informações animam, mas não é possível se descuidar. Ainda há muito a ser feito para alcançar os índices de vacinação recomendados.
Segundo a pesquisadora e biomédica Mellanie Dutra, “coberturas vacinais com baixa adesão podem significar, a longo prazo, o ressurgimento de doenças consideradas ‘do passado’, ou que a geração atual não conhece os impactos, justamente pelo controle que as altas coberturas vacinais proporcionam. Com índices vacinais que não são os ideais, há riscos de novas infecções e novas doenças em uma população novamente suscetível”.
De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é alcançar uma cobertura vacinal de 95% contra a poliomielite em crianças menores de um ano. Para isso, é importante pensar em fatores que podem auxiliar ainda mais no processo de elevação das taxas de vacinação. Confira abaixo algumas das principais estratégias que podem melhorar os números contra a doença.
Estratégias para melhorar a cobertura vacinal contra a poliomielite
Campanhas de conscientização: é essencial educar os pais e responsáveis sobre a importância da vacinação infantil e os benefícios específicos da imunização contra a poliomielite. Campanhas de conscientização em mídias tradicionais e digitais podem ser eficazes para disseminar ainda mais informações precisas e combater a desinformação, um dos fatores que pode impactar negativamente as taxas de cobertura vacinal.
Acesso facilitado às vacinas: garantir que as vacinas estejam disponíveis de forma acessível é crucial para aumentar as taxas de vacinação. Isso pode incluir a expansão dos pontos de vacinação, como postos de Saúde, a realização de campanhas de vacinação em locais de fácil acesso, como escolas e creches, e o atendimento em horário prolongado nesses locais.
Vacinação em massa: realizar campanhas de vacinação em massa, especialmente em áreas com baixas taxas de imunização, pode ajudar a aumentar a cobertura vacinal de forma rápida e eficaz. Essas campanhas podem ser coordenadas em nível nacional, estadual e local, envolvendo múltiplos parceiros, incluindo o governo, organizações da sociedade civil e instituições de Saúde.
Parcerias com comunidades: estabelecer parcerias com líderes comunitários, organizações, escolas e outras instituições locais pode ajudar a construir confiança nas vacinas e superar barreiras culturais e sociais que possam impedir a imunização. Uma vez que envolvimento da comunidade pode facilitar a identificação de preocupações específicas e a adaptação das estratégias de vacinação às necessidades locais.
Combate à desinformação: abordar ativamente a desinformação e os mitos relacionados à vacinação é crucial para construir confiança nas vacinas. Isso pode ser feito por meio de campanhas de educação pública, parcerias com influenciadores digitais e profissionais de Saúde, e o fornecimento de informações objetivas e baseadas em evidências sobre os benefícios e a eficácia das vacinas.
De acordo com Mellanie, “a desinformação é um grande desafio que impacta as coberturas vacinais dos imunizantes disponíveis no país. A hesitação vacinal, alimentada pelo ecossistema da desinformação, é enganosa e maléfica para a sociedade. Convence pais a temer uma ferramenta que vai em prol da saúde de seus filhos e que controlou uma doença que, no passado, deixou sequelas graves e levou a óbito muitas crianças”.
Calendário vacinal de 2024
Por meio do calendário vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS), é possível se programar para aplicar todas as doses necessárias às crianças, para que tenham um desenvolvimento livre de doenças que podem ser prevenidas.
É importante procurar o posto de Saúde mais próximo de sua casa para verificar se a sua região possui alguma necessidade de vacinação específica de acordo com a realidade local.
Projeto Vacinação
A Fundação Abrinq, em parceria com a Sanofi, desenvolve o Projeto Vacinação, no município de Santos, com o objetivo de atuar em conjunto com a gestão municipal de Saúde para ampliar a cobertura vacinal contra poliomielite.
Para saber mais sobre o projeto, clique aqui.
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Fonte: Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente