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Pesquisa IDIS aponta que 84% dos brasileiros fazem doações

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Na última quinta-feira, 24 de agosto, em transmissão online, o IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) lançou a mais recente edição da “Pesquisa Doação Brasil”, uma análise detalhada das tendências e comportamentos relacionados à doação no País, proporcionando uma visão clara das mudanças recentes, além dos desafios. Na ocasião a APF esteve representada por sua assessora jurídica, Nicole Hoedemaker.

O levantamento mostrou que 84% dos brasileiros fazem doações, demonstrando um forte espírito de generosidade. Dentre esses doadores, 48% optam por contribuir com doações em dinheiro e 36% direcionam seu apoio financeiro para Organizações Não Governamentais (ONGs). Além disso, a pesquisa revelou que 88% da Geração Z (nascidos entre meados dos anos 90 a 2010) acreditam que fazer doações realmente faz a diferença, indicando um engajamento significativo dessa faixa etária.

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É importante salientar que as doações mencionadas na pesquisa se referem a contribuições feitas a ONGs e projetos socioambientais, representando 36% da população brasileira, o que equivale a 42,5 milhões de doadores institucionais em todo o país. O estudo do IDIS não analisou perfis como esmolas, dízimo ou assistência a conhecidos.

Outro aspecto analisado foi o valor doado ao longo dos anos: em 2015, a média era de R$ 240; em 2020, R$ 200 e, em 2022, R$ 300. Um dado interessante é que o PIX emergiu como o meio de pagamento mais utilizado nas doações, com 39% dos doadores adotando essa forma de contribuição, no ano passado. Além disso, as doações por meio do arredondamento de compras, que eram pouco comuns em 2020 (menos de 1%), aumentaram significativamente, para 11% em 2022.

A pesquisa revelou que, no ano passado, os indivíduos realizaram doações no valor total de R$ 12,8 bilhões. Embora a quantia seja nominalmente superior ao registrado na edição de 2020, ainda não atingiu o patamar de doações realizadas em 2015.

Quanto às causas mais procuradas para doações, a pesquisa identificou que elas ocorrem com maior frequência para ações infantis, saúde, combate à fome, situações emergenciais, idosos e população em situação de rua.

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No que diz respeito à percepção das ONGs, o levantamento mostrou que, embora essas organizações tenham perdido parte da positividade conquistada durante a pandemia, a imagem delas ainda é superior àquela identificada em 2015, indicando um reconhecimento contínuo da importância do trabalho dessas instituições.

Destacando a Geração Z, a pesquisa traçou como os jovens de 18 a 27 anos pensam e praticam doações. Apesar do aumento nas práticas de doação por parte desse público, nota-se que essa tendência não reflete na doação de dinheiro para instituições sociais. No entanto, ao contrário da população em geral, a Geração Z tende a ter uma visão mais positiva em relação às ONGs.

Um fator importante observado é que um em cada quatro jovens da Geração Z considera influenciadores digitais e redes sociais como incentivo significativo na decisão de doar, o que está consideravelmente acima da média da população, indicando a crescente influência das plataformas online na filantropia dessa geração.

A pesquisa do IDIS traz uma visão abrangente e detalhada do cenário de doações no Brasil, destacando não apenas números, mas também as tendências e comportamentos que moldam a cultura de doação no país, reforçando, ainda, os impactos positivos dessas ações na sociedade brasileira. O levantamento completo pode ser acessado no link https://pesquisadoacaobrasil.org.br/.